terça-feira, 1 de outubro de 2013

Correios não aceita proposta e greve dos carteiros será resolvida na justiça

Fonte : SBNoticias

A greve dos funcionários dos Correios, iniciada na região de Santa Bárbara d'Oeste no dia 18 de setembro, deve ser encerrada somente após julgamento, ainda sem data marcada, no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília. A ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) não aceitou a proposta dos trabalhadores para um acordo e levou a situação à justiça. O principal ponto de discórdia entre as partes é a possibilidade de terceirização do convênio médico dos carteiros.
Carteiros de Santa Bárbara estão parados desde o dia 18 (Foto: Arquivo SBN)
Carteiros de Santa Bárbara estão parados desde o dia 18 (Foto: Arquivo SBN)
O diretor do Sintect Cas - Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de Campinas, José Ivaldo da Silva, analisa assim a questão. "Pelo cenário, a empresa não quer negociar mesmo e enviou um documento rejeitando a proposta feita pelos trabalhadores, que havia sido emitida no dia 27 e o caso vai seguir para o TST. Só nos resta aguardar a data do julgamento no Tribunal, que ainda não está definida. Na próxima quinta-feira, os carteiros estarão em Brasília promovendo um ato nacional, em frente ao prédio dos Correios", comentou.
Ivaldo afirma que enquanto a justiça não der um desfecho para o caso, a paralisação dos carteiros continua. "Enquanto não ocorrer o julgamento, não dá para resolver esse impasse, pois os trabalhadores não aceitam perder o convênio médico. Até aceitamos a proposta da ECT de 8% de reajuste, mas não queremos que se altere o convênio, esse é o principal ponto de divergência. As outras questões, como salários e benefícios dá para resolver, porém, essa parte da saúde é o problema, já que a empresa busca terceirizar o serviço, com taxas e procedimentos que só irão prejudicar os carteiros", disse.
Segundo o sindicato, o atraso das correspondências na agência de Santa Bárbara d'Oeste tem média de 24.500 objetos por dia. O diretor do Sintect Cas comenta os números. "A média diária de carga de correspondências no município chega a 35.000 objetos e desse valor, 70% das entregas estão em atraso. Para esse serviço de triagem e distribuição é necessário um trabalho coletivo e isso está comprometido com a paralisação, não conseguindo colocar as compromissos em dia. A ECT está mais concentrada na questão dos SEDEX, pois tem mais prazo, é mais caro e gera um número maior de reclamações em relação às cartas simples", contou.
Na semana passada, a ECT anunciou que vai descontar dos salários dos grevistas os dias parados, já que, de acordo com a legislação, a greve implica na suspensão do contrato de trabalho.

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