De acordo com o diretor do Planetário de São Paulo, João Paulo Delicato, a explicação do longo período de eclipse se dá por causa da posição da Lua em relação à Terra. “Ela vai atravessar a sombra da Terra pelo meio, pegando a sombra inteira e permanecendo mais tempo nela”, disse ao iG.
A lua cheia normalmente fica avermelhada em um eclipse, por causa da luz solar refratada pela Terra. Um eclipse total ocorre quando a lua passa pela longa sombra da Terra produzida pela luz solar. Enquanto a Lua fica imersa na sombra da Terra, um disco ao seu redor aparece e gradualmente vai mudando de cor, passando para prata, laranja e vermelho. Isto acontece porque de alguns raios de sol indiretos conseguem alcançar a Lua, após passarem pela atmosfera da Terra que dispersa luz azul.
Delicato afirma que o eclipse poderá ser observado em qualquer lugar do Brasil, principalmente na costa do país. Nuvens no céu e prédios muito altos podem atrapalhar a visualização.
O eclipse inteiro vai durar 5 horas e meia. A América do Sul terá a melhor visão do fenômeno, que pode ser feita a olhos nus. Observadores da Europa vão perder a primeira parte do espetáculo porque ele vai ocorrer antes do sol se pôr. Ásia e Austrália não vão ver as etapas finais, que vai ocorrer depois do Sol nascer.
Consequências do vulcão Puyehue
De acordo com cientistas, o eclipse visto na Austrália e algumas regiões do Brasil terá componentes especiais. As cinzas do vulcão chileno Puyehue que estão na atmosfera podem acrescentar ao espetáculo tonalidades de vermelho sangue. Isto porque a intensidade das cores depende da quantidade de cinzas e poeira na atmosfera.
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